Web Novela Paixão Perigosa: Capitulo 85

-Nem é ta?- ele riu e me deu um selinho.-já volto
Depois de quase meia hora Luan ficou pronto. Dei o nome restaurante para ele e fomos.
Era um restaurante tranqüilo, nossa mesa era mais afastada então aproveitamos muito bem a noite sem ter ninguém para nos incomodar.
Depois do restaurante fomos para uma sorveteria, ficamos trocando carinhos enquanto o gordo do Luan fugia do seu regime.Enrolei o Luan o Maximo que eu pude mas ele queria ir pra casa.
-Amor, mas a Bruna quer carona pra voltar pra casa.-o segurei na porta do carro.
-Onde a Bruna ta?
-Ela saiu com umas amigas- menti.
-Liga pra ela então amor, eu quero ir pra casa.- ele fez bico.
-Ta bom.-Falei pegando meu celular
Disquei o número da Bruna e ela atendeu no último toque.
-Bru, seu irmão quer ir pra casa, onde tu ta?
-Poxa Bia, enrola ele mais um pouco.
-Não dá Bru. Onde?
-Ai, vou pedir pro Daniel me deixa lá no Starbucks então.- ela falou entediada.
-Ta, nós vamos pra lá então.
-Tchau.
-Tchau.
Falei pro Luan onde era para buscarmos ela e fomos. Ao chegarmos lá eu vi o carro do Daniel saindo e avistei os cabelos loiros de Bruna. Suspirei aliviada por ter dado tempo dela chegar.
Ela nos cumprimentou e foi quieta no trajeto. Luan até reclamou mas ela falou que estava com dor de cabeça.
Bruna foi para sua casa e eu e o Luan para a minha. Enquanto o Luan tomava banho eu mandei uma sms para Bruna pedindo desculpas por não poder enrolar mais o Luan. Ela falou que estava tudo bem e que sairia com ele um dia em que Luan não estivesse em Londrina.
Luan saiu do banho e eu tomei o meu, sai e o Luan estava cochilando, deitei perto dele, apaguei e luz e tentei dormir. Estava sem sono e depois de alguns minutos Luan começou a se mexer demais na cama.
- Não tô conseguindo dormir. — ele murmurou
— Nem eu. — falei no mesmo tom.
— Vem cá. — ele disse colocando um dos seus braços embaixo da minha cabeça fazendo-me deitar sobre ele. Com o outro braço ele aproximou ainda mais o meu corpo do seu. Como eu estava de costas ele me abraçou apertado. Assim eu dormi ouvindo o som da respiração dele.
...
— Momô acorda. — ele disse acariciando meu braço.
— Só mais cinco minutos. — pedi
— Sem essa de cinco minutos. — ele falou fingindo stress.
Não falei nada e quando me dei conta ele estava por cima de mim me fazendo cócegas
— Tá bom, eu acordo. — disse em meio ao riso.
Ele pressionou meu corpo contra a cama. Suas mãos postas uma á cada lado da minha cabeça e todo o ar de diversão some. Nossas respirações estavam falhas, lentamente ele aproxima a sua boca da minha. — Preciso escovar os dentes. — sussurrei.
— Eu também. — seus lábios formaram um sorriso perfeito e calmamente ele me beijou. — A gente já pode casar, você não tem mal hálito.- ele falou mordiscando meu lábio.
-Idiota
— Idiota, chato, criança, sem vergonha... Tem mais alguma coisa que você quer adicionar á lista? — ele perguntou rindo.
— Palhaço, ciumento, bobo e quem sabe lindo. — dei os ombros.
— Quem sabe lindo? —ele revirou os olhos. — Eu sou o cara mais gostoso que você já viu! — ele falou e em seguida colou nosso lábios.
— E o mais convencido também. — sussurrei ao terminar o beijo.
— Acho que tá faltando mais uma coisa ai Bê. — ele falou pensativo.
— O que? — perguntei curiosa.
— Seu.
— Meu? — perguntei com um ar sapeca enquanto ele deitava do meu lado e me abraçava.
— Aham, só seu. — Ele falou baixinho, enquanto eu me virava pra ele.
-Que bom né, se não apanhava.
-Apanhava nada.- ele riu e me beijou.
Nosso beijou foi ficando cada vez mais intenso. Nos amamos.
Eu estava deitada sobre o peito de Luan, ele acariciava meus cabelos enquanto eu contornava sua tatuagem com a ponta dos dedos.
-Sabe, por mim eu não sai nunca mais daqui.- confessei.
-Nem eu Bê, eu me sinto tão bem assim contigo.- ele me apertou em seus braços.
-Canta uma música pra mim?- pedi.
-Eu sei que já não tenho idade
Pra ficar tão dependente
Mas eu mudei quando te olhei
Você me fez pensar pra frente
Por mais que eu tente desviar
Tô sempre em sua direção
Parece que eu soltei do mundo
E segurei só na sua mão

Tava pensando em te roubar
Fugir pra longe do país
Morar num lugarzinho em Cancún
Não é o que você sempre quis

Sem precisar me preocupar
Em te levar pra casa cedo
Enquanto eu estiver do seu lado
Não precisa mais ter medo

Porque se me perguntar
Quem eu respiro é você, você, você
Se for pra escolher
O céu ou a terra, respondo você
Se quiser saber
Minha alegria é te ver, te ver, te ver

Quem sabe eu te quero tanto assim
Porque eu esqueci de te esquecer- ele cantou com sua voz rouca em meu ouvido.
Me arrepiei inteira e quando ele terminou de cantar eu estava a ponto de chorar.

-Eu te amo muito, muito mesmo- disse o beijando

-Eu também te amo!- ele dizia enquanto eu o enchia de beijos
-Amor vamos se vestir pra ir almoçar- o beijei

-Espera só mais uns minutinhos amor- ele fez bico
-Só até eu me arrumar.
-Tá!- lhe dei um selinho e fui me arrumar
Me vesti assim:

Depois de pronta fiz o Luan levantar. Enquanto Luan se arrumava eu desci pra cozinha.
-Vocês não vão almoçar?- perguntei
-Nós vamos almoçar na casa do meu filho hoje. – Marta disse
-Puts, é mesmo! Eu tinha esquecido! Se divirtam então!- dei um abraço deles, e eles saíram
Marta tinha deixado tudo pronto pra nós. O cheiro do almoço estava muito bom, o que fez minha fome aumentar. Mas mesmo assim esperei o Luan.
-Prontinho amor!- ele disse descendo as escadas
-Demorou hein!
-Por que a gente vai almoçar aqui?
-Não gosto de incomodar sua mãe!
-Bobinha, a mãe te adora!
-Vamos comer agora?
-Claro, to morrendo de fome!
Nosso almoço estava muito tranquilo, aquela era um dos únicos momentos que conversávamos como duas pessoas maduras, parecíamos até que era casados. E por falar em casar, Luan novamente tocou nesse assunto.
-Quando a gente se casar você vai querer ter quantos filhos?
-Eu não sei. Pra falar a verdade nunca pensei muito sobre isso.
-Como não?
-Não gosto muito de planejar o futuro. As vezes que eu planejei as coisas só aconteceu coisa ruim- senti um aperto do peito, ao relembrar o passado
-Amooor...- ele acariciou meu rosto
-Tá tudo bem!- o beijei
Luan me ajudou a tirar as coisas da mesa, e depois secou a louça pra mim, o estranho é que eu nem tinha pedido sua ajuda.
-Tá Luan pode falar...
-Falar o que?
-O que você quer espertinho?
-Por que você acha que eu quero alguma coisa?
-Fala logo Luan!
-Tá, tá bom! É que, uns amigos querem que eu vá na casa de um outro amigo com eles. E eu queria ir- ele fez uma cara fofa tentando me convencer
-E você vai me deixar sozinha por isso?-fingi estar magoada
-Me desculpe amor, se você não quer eu não vou.
-É brincadeira amor. Pode ir.
-Sério? Você não vai ficar brava Bê?
-Claro que não, mais olha amor, eu não sei se é uma boa ideia.
-Por quê?
-Ah eles nem são seus amigos, e sabe pode rolar briga e tudo mais.
-Não vai. Deixa eu ir?- suspirei fundo
-Tá bom!
-Obrigado Bê!

-Prometo não chegar tarde!
-Tá bom- ri- Você vai agora?
-Aham!
-Se comporte mor- ri
-Pode deixar- rimos

Passei a tarde com a minha cunhada. Quando estava anoitecendo o Daniel veio em casa, conversemos um monte, ele ainda me atormentava pelo que aconteceu em Marrocos, mas o fiz jurar não contar aqui pra ninguém, ou então eu e o Luan seriamos zoados pelo resto da vida. Daniel e Bruna saíram após um tempo, antes que encontrassem o Luan.
Marta e Bernardo não voltariam pra casa, pois iriam posar na casa do filho da Marta. Eu não tinha nada pra fazer então fiquei vendo TV, até escutar barulho de carro em frente de casa, era o Luan que tinha chegado, mas não estava sozinho, vi que estava acompanhado de um cara.
Quando ele entrou em casa eu me assustei. Parecia que Luan tinha voltado de uma guerra, sua roupa e seu cabelo estavam bagunçados, sua camisa cheia de sangue.
-O QUE ACONTECEU?- fui em sua direção, assustado com a situação dele- Amor?
-Você tinha razão- ele disse com dificuldade, em seguida começou a tossir muito, fazendo ânsia
-O Luan se meteu em uma briga- Lucas, o amigo que estava com o Luan contou
-E você deixou ele apanhar assim?- disse nervosa
-Quando eu cheguei já estavam batendo nele, quer dizer o Luan bateu em um cara, ai pulou uns 6 nele, foi o que me contaram.
-Ai meu Deus. É melhor levar ele pro hospital. Acho que acertaram um soco ou um chute no estomago dele, por isso ele está assim.

-Eu não quero ir.- ele falou com dificuldade.
-Nem me vem teimar agora Luan, tua mãe já te viu assim?
Ele negou com a cabeça.
-Vou pegar uma camisa pra ele, Lucas leva o Luan pro carro?
Lucas assentiu e eu subi correndo pegar uma roupa pro Luan.
Eu estava nervosa, nunca imaginei ver o Luan daquela forma, eu estava com uma enorme vontade de chorar vendo ele naquele estado mas não tinha tempo para isso. Peguei uma camiseta e um pacote com gelo. Entrei no carro e sentei no banco de trás junto com o Luan. Lucas foi rápido para o hospital. No caminho o Luan se deitou no meu colo e eu coloquei o gelo na sua testa que estava inchada. Luan não parava de tossir e aquilo estava me dando uma agonia.
Quando chegamos no hospital o Lucas desceu primeiro e logo veio nos chamar, por sorte o hospital tava vazio, já que os dois eram famosos.
Eu entrei junto com o Luan na sala do médico, ele fez vários exames e até tirou raio-x, por sorte estava tudo bem. A ânsia que ele tinha era por causa de um soco que ele levou no estomago mas não afetou em nada. O médico passou uma série de remédios para dor e depois de algumas horas liberou o Luan, mas me deixou avisada que se ele sentisse qualquer coisa era para voltar pro hospital.
No caminho de volta Luan se deitou novamente em meu colo e eu fui mexendo no cabelo dele. Lucas nos deixou em casa e foi embora.
-Vai pro quarto Lu, vou fazer alguma coisa pra você comer.- falei dando um beijo na testa dele.
-Eu não quero comer nada.- ele fez careta.
-Amor, você tem que comer. Vai ficar mais fraco ainda.
-Eu to com ânsia ainda, depois eu como.
-Ta, vem comigo então.- ajudei ele a subir pro quarto.
Tirei a camisa dele e o ajudei a tomar banho. Ele estava com hematomas por todo o corpo, aquilo me dava uma dor enorme. Nunca imaginei ver o Luan daquela forma.
Ajudei ele a se vestir e deitei na cama com ele. Apaguei a luz e ele se aconchegou nos meus braços.
-Nunca mais me dá um susto desses Luan.- pedi apertando ele em um abraçou.
-Desculpa amor.- ele falo baixinho.
-Ta com muita dor?
-Aham.
-Tomou os remédios né?
-Tomei.
-Então logo passa.- dei um beijo na testa dele.- tenta dormir, amanhã você vai ter que se explicar pra tua mãe.
-Ela vai me bater mais.- ele falou com voz manhosa.
-Ata né Luan. Ela vai ficar louca contigo, mas não vai te bater.
Luan não demorou muito dormir, ele tinha me dado um susto enorme e eu perdi o sono, consegui dormir já era de madrugada.
Acordei e o Luan ainda dormir. Fiquei o olhando por um tempo depois levantei. Fiz café e tomei sozinha. Liguei meu notebook e conversei com o Liam, estava morrendo de saudades ele, foi ele quem me acolheu e sem duvidadas foi meu melhor amigo na época que eu passei nos EUA. Ele teve que sair, então eu fiquei assistindo TV, até eu escutar passos vindos da escada. Olhei e era o Luan que descia, com o olho inchado e andando devagar por causa da dor.
-Bom dia.- ele falou baixo.
-Bom dia meu briguento.- r-.- vem aqui vem.- o chamei com o mão.
Ele se jogou do meu lado no sofá e escondeu sua cabeça no meu pescoço.

-Ta dengoso amor?- ri dando um beijo no seu pescoço.
-Ta doendo Bê.- ele reclamou.
-Vou pegar um remédio pra ti, vem comer.
-Não quero.
-Amor, você tem que comer, ta ruim ainda?
-Um pouco.
-Vem aqui, se você não comer além de todo roxo vai ficar desmaiando por ai.
-Só um pouquinho então ta?
-Ta bom, vem.
Luan comeu um pouco, tomou o remédio e voltou a deitar na sala. Organizei a cozinha e deitei com ele.
-Amor, quando você tem compromisso?- perguntei.
-Depois de amanha.
-E como você vai fazer com essa cara assim?
-Eu pensei que minha muié ia viajar comigo e me maquiar sabe?
-Maquiagem não vai cobrir isso não.
-Será?
-Depois a gente tenta, mas acho que não.
-Que droga.
-Eu falei né, você nem conhecia os caras Luan, não devia ir sozinho, esperasse o Lucas.
-Ele falou que já tava indo amor.
-Por que você bateu no cara?
-Ele veio querer me bater ai eu me defendi uai.
-Aham, agora ta todo quebrado.
-Foi covardia, era 1 contra 6.
-Eu falei pra você se cuidar.
-Você me jogou praga bê, não queria que eu fosse ai aconteceu isso.
-Ah claro, quem vê agora eu sou a culpada de você ta todo quebrando.
-to brincando.- ele me deu um beijo no rosto.
Fiquei ‘’cuidando’’ do Luan até a campainha tocar, fui abrir a porta e dei de cara com um grande problema pro Luan. Dagmar, Amarildo e Marizete.
-Entrem gente!- falei dando passagem pra eles.
-O Luan ta ai Bia? A gente precisa conversar.- Dagmar falar.
-T..ta sim, ele foi lá pra cima, vou chamar, sentem
Ele fizeram o que eu falei e subi para o quarto, Luan estava sentado na cama.
-Por que fugiu?- brinquei
-Eu não vou descer lá em baixo.
-Vai ter que descer.
-A Dagmar vai ter um negocio.
-Como eu quase tive quando te vi ontem. Sua mãe também ta lá.
-Eu não quero Bê, eles vão brigar comigo.
-Se você não descer agora ele vão brigar outro dia, não adianta fugir.
-Desce comigo?- ele fez bico.
-Desço amor.- ri.- vem.
-Se a Dagmar quiser me bater você faz a mesma coisa que você fez com o Carlos aquela vez?
Eu ri.
-Não vou fazer a mesma coisa mas eu na deixo ela te bater ta?
-Tá
Dei um selinho nele e o puxei escada abaixo.
-Oi gente.- o Luan falou com medo, se escondendo atrás de mim.
-Luan a gente tem que resolver umas coisas sobre o...O QUE ACONTECEU COM VOCÊ?- Dagmar se alterou.